domingo, 18 de setembro de 2011

ÚLCERAS DO ABOMASO - Cada vez mais frequentes...

Úlceras do abomaso em vacas leiteiras estão se tornando cada  vez mais frequentes na  clínica veterinária, embora na maioria das vezes possa ser confundida com outras
 doenças. Como na região, através do melhoramento genético, as vacas a cada geração produzem mais leite, por outro lado nem sempre esse aumento de produção está acompanhado em melhora na nutrição e nas condições ambientais para esse animal.   Dietas altamente ácidas, com o uso de grão- úmido na formulação do concentrado e mais o uso de silagem de milho como volumoso dará um somatório de efeitos muitas vezes invisíveis, mas que em outras ocasiões culminará com a perda  de uma vaca de alta produção. O somatório de fatores não param por aí e podemos adicionar os problemas de casco, porque as vacas nesse caso pouco caminham ingerindo menos volumoso na pastagem e com isso teremos menos ruminação para tammponar toda essa acidez. As pastagens com baixa  fibra no inverno do sul (aveia e azevém) junto com silagem de milho (planta interia) picada muito fina serão determinantes no aparecimento de acidose ruminal e consequentemente contribuirá grandemente nos casos de úlcera do abomaso. O uso de tamponantes na dieta ainda não é uma prática comum para todos os produtores e a categoria de animais que mais sofrem com esse problema serão as vacas de primeira cria, pois não estão acostumadas com o ambiente de ordenha e ainda sofrem pressão das vacas mais velhas aumentando o estresse e as doenças. O aparecimento de úlcera de abomaso é mais frequente entre 4 e 6 semanas após o parto e por isso haverá muita confusão com outras doenças metabólicas. Os sinais clínicos vão depender do grau das lesões ou se houve perfurações. Nos casos mais graves que encontrei a vaca se recusava a comer, fezes com sangue escuro (melena) e dor a qualquer movimento. A hemorragia  resulta de multiplas erosões e ulcerações da mucosa, que  podem aprofundar-se, para causar maior hemorragia da submucosa ou uma perfuração clara (Rebhum, W. C.; Doenças do Gado Leiteiro).















Nenhum comentário:

Postar um comentário